senti-me avec por um dia

Ontem fui sair com duas amigas imigrantes, nascidas na França, filhas de pais Portugueses e sempre com um pé em Paris de France e outro em Portugal. A saída foi ao sitio mais procurado no mês de Agosto para quem é do Minho: o Santoínho. Lá fomos num carro de matrícula francesa e aqui é que começa elas. Os tugas têm uma mania sui generis de ver uma matrícula francesa e "anda cá que já vês como elas mordem" e começam a fazer merda na estrada. Não há hipótese, matricula francesa = avec = vamos lá gozar com estes gaijos. Conversava-mos que conduzir em Agosto em Portugal é o terror porque existem os avecs que se armam com os carrões em relação aos outros avecs e os tugas que acham que eles estão a armar-se para eles começam a fazer merda na estrada para gozar com os avecs. Basicamente o que existe é um estado de confusão de quem é que se arma para quem, sendo que esta confusão acaba sempre mal. No hospital de Viana, todos os dias chegam feridos de acidentes por causa desta merda que é a confusão mental de que não existe civismo nem respeito pelos Portugueses. Sim, porque todos somos Portugueses. Ponto. Uma outra situação caricata foi a do parque de estacionamento, quando fomos a Viana. Só porque a matrícula era francesa todos os tugas que passavam por nós gozavam, todos os tugas tentaram roubar o lugar de estacionamento, houve, inclusive, uma tentativa de perguntar a uma família Portuguesa se iam sair e onde estava o carro e não é que, olharam para as minhas amigas, fizeram cara de gozo, seguiram sempre em frente sem proferir uma única palavra. Logo a seguir chega uma família de avecs paga ticket e as minhas amigas logo: "olha são avecs, vamos lhes perguntar"... falaram para eles em Françês (talvez seja a forma de se conseguirem identificar) e foram super educados, simpáticos e cordiais e arranjaram-nos logo o lugar deles. Eu, como tuga, senti uma ligeira raiva de como as pessoas que estão cá julgam os nossos emigrantes e os tratam abaixo de cão como se não fossem ninguém.