29/10/2014

Sobre aquela empresa americana que paga viagens aos seus colaboradores para chegarem ao trabalho inspirados

(notícia aqui)
Há 3 anos atrás, quando fui a Barcelona com uma amiga, ficamos hospedas num hostel mui bonito no 8º andar de um prédio lá no meio daquelas ruas todas perpendiculares e confusas. Nesse hostel conhecemos uma Chilena, pasteleira de profissão, que andava a viajar pela Europa a recolher experiências e receitas para as poder replicar  no hotel de 5**** que trabalhava. O patrão, percebendo a falta de criatividade que havia na pastelaria Chilena decidiu pagar uma viagem de 2 meses pela Europa à Carol, dando-lhe um plafond para gastar em utensílios, forminhas, panelas, cafeteiras Italianas, ingredientes e mais não sei o quê.. A Carol tinha uma mala cheia de coisas de pastelaria e de cozinha. Tive pena de a Carol não ter passado por Portugal, acho que o Pastel de Nata ou a Bola de Berlim ia ser um enorme sucesso lá nesse hotel de 5 estrelas, mas bom, tratámos de lhe explicar o que de bom cá se fazia de pastelaria e não só.
Na altura, que conhecemos a sua história e nos tornámos amigas fiquei com a sensação de que o patrão dela devia ser um pessoa com uma mente aberta daqui até à Lua e de que esse investimento teria melhores resultados que daquelas formações de boca aberta que estamos habituados a ter. (cada vez que recebo uma invitation para uma formação fico indecisa se aceito ou recuso a invitation, mas como aquela porra é quase sempre obrigatória fico uns bons segundos a pensar como seria se não fosse).
Acho que não é so com os americanos que temos que aprender, acho que temos que aprender com aqueles que são considerados visionários, loucos, excêntricos, e no main stream.
Para além da Carol, conhecemos a Letizia (amiga da Carol que veio ter com ela a Barcelona) e a Liz uma Argentina que andava a viajar há 3 meses pelo mundo. Aprende-se tanto.

1 comentário:

Pulha Garcia disse...

Podes crer. Aprende-se mais com certas viagens do que com licenciaturas inteiras.