13/03/2014
falemos de coisas sérias
tenho uma amiga que decidiu emigrar, na verdade foi para perto do namorado que está emigrado.
Entre ganhar 400 mocas por m~es num trabalho que o tem há mais de 10 anos numa loja de roupa, decidiu arriscar. Apoiei-a mais que 100%, disse-lhe "mulher tu faz-te á vida", já tens 30 e agora que encontraste um moço à tua altura não te faças de rogada.
Já lá vai quase 2 meses que lá está, numa vila entre um vale que fica ali perto da Suiça mas que é na França. Diz ela "é melhor morar na França e tentar arranjar emprego na Suiça". De facto é melhor. Se é fácil?
Não. Está lá há dois meses e vai tentando, por todas as formas, conseguir arranjar emprego. Pois a vida lá também está difícil. Não é assim um ápice que se consegue arranjar emprego. Mas ela é forte, tenho a certeza que vai encontrar algo à medida dela.
Para além de ter que começar tudo de novo aos 30, num país que não é o dela, foi a possiblidade de que o "útero" tem umas coisas e uma cor e textura esquesita. Que tem que fazer uma biópsia, que pode ter problemas se quiser ter filhos, que não sabem muito bem ainda o que é.
Fiquei ali a tentar animar a minha amiga, que não vai ser nada de mau e que com uns medicamentos a coisa vai ao sítio. E se não for?
E se nós mulheres de 30 anos tivermos esta má surpresa numa idade tão precoce, tão cheia de vida, vitalidade? Tenho receio por ela, por mim e por todas as mulheres que aos 30 descobrem uma merda destas. Não vai ser nada e se for é ir à guerra.
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